A faixa de abertura, "Art of Almost" é uma música sofisticada e caótica, desconstruída como a arte da capa do álbum: começa com ruídos, entra um vocal introspectivo e retornam os (bem vindos) ruídos, que mostram ao mesmo tempo uma modernidade e um retorno ao rock distorcido dos anos 90. A seguinte, "I might", parece um rock dos anos sessenta com um banho moderno, de arranjos e ruidinhos: nesse sentido, dá pra notar que a maturidade da banda, que sabe fundir sons antigos e novos, criando um som com a cara da banda. "Sunloathe" aparece para matar saudades de quem gostou da etérea "Deeper down", e conta com detalhes sutis (sininhos, etc). Aliás, a faixa título do álbum combina estes detalhes de uma maneira muito bonita.
"Dawned on me" e "Born Alone" são faixas para matar saudades do bom rock alternativo dos anos 90; a segunda, em especial, serve como uma boa homenagem ao Pixies. "Standing" é tão parecida com os sons do "blur-blur" que até o tom de voz de Tweedy faz lembrar Damon Albarn. Pra acrescentar um pouco de diversidade ao álbum, há ainda a charmosa, com tom "anos 30" "Capitol City".
Há também boas faixas de folk: da simples "Open Mind" e a tríade de baladas, pequenas obras primas do álbum: a bela "Black Moon", "Rising Red lung" (pra ouvir em dias nublados, descendo pra praia) e , pra fechar com chave de ouro, "One Sunday Morning" . Esta faixa é tão bonita que dá vontade de parar por aqui pra ficar com esse som na cabeça.;
Para os curiosos e fãs, há bons sons nas faixas bônus: a cover "quase glam" "I Love my Label" , "Message from mid bar" (mais uma a la John Lennon na carreira solo ), e " a boa instrumental "Speak into the rose", que lembra Sonic Youth.
Disco Anterior: "Wilco - The Album"